15 de abril de 2009

Braços

Onde nos leva o limiar do pensamento? Quando entramos naquele rodopio de sensações que não se explicam, mas que nos transformam, vemos que nem tudo tem solução, que nem sempre aquilo que pensamos conseguir suportar e para o qual treinamos vezes sem conta, resulta num bom resultado...Porque nao há aquela linearidade, tudo se afasta disso, e as bases sólidas que formamos por nós próprios caem sem qualquer tipo de apoio, tudo à nossa volta está vazio, não há braços a puxarem por nós, pois esses mesmos braços também não têm força, se calhar nunca tiveram, apenas nos iludiram, dando-nos a segurança, enquanto ela ainda existia neles! Sem eles não há forma de seguir em frente, não se pode ganhar sem esses braços, nem se pode perder..
Fechando os olhos tudo parece claro, a estrada está lá, como sempre, os desvios também, somente aqueles braços que nos aguardavam no final da mais dura caminhada é que desapareceram. Eram muitos e todos grandes, fortes, mas perderam tudo por mim, e agora não me podem jamais ajudar...Há que os esquecer, ou fingir que isso acontece, para que eles se possam cruzar com outros melhores que os meus!

1 comentário:

  1. O caminho nao é linear porque nós nao conseguimos que ele assim o seja.
    Porém acho que os verdadeiros braços que tu referes no texto, existem e existirão sempre, dependendo da altura da vida, porque esses braços nunca se perdem.
    Infelizmente certos "braços" nao podem estar sempre presentes, mas de certeza estarão a pensar em ti, aguardadando ansiosamente para voltar a sentir o que tu mais desejas.

    Sérgio Ferreira, Portalegre

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